terça-feira, 20 de dezembro de 2011

"A deusa da minha rua" - Uma obra prima da MPB


Indiscutivelmente "A deusa da minha rua" é uma obra prima da música popular brasileira. Ela foi composta no ano de 1939 por Newton Teixeira (melodia) e Jorge Faraj (letra). "A valsa está pautada nos amores impossíveis, onde a mulher é sempre adorada sem saber, ignorando ser um objeto de paixão. Faraj foi muito feliz nessa valsa, descrevendo o contraste entre a beleza da musa e a pobreza da rua."
Até ficar pronta totalmente e chegar ao disco, essa valsa deu muito trabalho, e assim sendo, ficou inédita por três anos. O primeiro intérprete escolhido foi Sílvio Caldas, porém no início se mostrou desinteressado, pois sempre achava um desculpa para não gravar, até que, um dia foi retirado de uma "roda" e teve que ir ao estúdio. Em 1974, essa música fez novamente sucesso através da interpretação magnífica de Roberto Carlos.
Enfim, "A deusa da minha minha rua" ficou marcada como uma das mais bela canções romântica da história da música popular brasileira.

                      
 Letra: A DEUSA DA MINHA RUA

           A deusa da minha rua
           Tem os olhos onde a lua
           Costuma se embriagar
           Nos seus olhos eu suponho
           Que o sol, num dourado sonho
           Vai claridade buscar

           Minha rua é sem graça
           Mas quando por ela passa 
           Seu vulto que me seduz
           A ruazinha modesta
           É uma paissagem de festa
           É uma cascata de luz
          
           Na rua uma poça d'água
           Espelho da minha mágoa
           Transporta o céu
           Para o chão
           Tal qual o chão de minha vida
           A minh'Alma comovida
           O meu pobre coração

           Espelhos da minha mágua
           Meus olhos
           São poças d'água
           Sonhando com seu olhar
           Ela é tão rica e eu tão pobre
           Eu sou plebeu
           Ela é nobre
           Não vale a pena sonhar

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